NO VARAL
O homem que pendura sua alma,
roupa a roupa vai pendurando sua história,
suas dores em travessias.
No varal, enfileirando mantos,
redescobre a vida que pulsa em seu quintal.
Em seu quintal,
ele é o homem da casa, é a casa de muitos.
Em seu varal,
o homem se redescobre vivo;
roupa a roupa
o homem vai sacralizando
o ato de se pendurar no tempo.
Na arte de secar as roupas,
a arte de entregar a vida.
roupa a roupa vai pendurando sua história,
suas dores em travessias.
No varal, enfileirando mantos,
redescobre a vida que pulsa em seu quintal.
Em seu quintal,
ele é o homem da casa, é a casa de muitos.
Em seu varal,
o homem se redescobre vivo;
roupa a roupa
o homem vai sacralizando
o ato de se pendurar no tempo.
Na arte de secar as roupas,
a arte de entregar a vida.
[ Damião Fernandes. NO VARAL, in. Junho de 2016 ]